28 julho 2011

Perspectivas e impressões sobre duas tardes não tão distantes ...

O mês ainda é julho, mas estou atrasada: os dias são 10 e 11, um pouco longe desta quinta feira em que nos encontramos agora.
A distância que me separava dos antigos colegas era de poucos meses e uns quase 200 km. Há tempos não os via trabalhando, e a ansiedade de vê-los era grande. Não conhecia também o novo orientador. Chego atrasada ao colégio Cecília Meireles: berço do grupo e muito próximo ao meu primeiro lar em São Carlos, na saudosa Vila Marina. Minhas botinas novas me anunciam - e denunciam: lá vem Dona Anna Kühl, pitaquear. 
Encontro um ensaio muito sério, um ambiente gostoso de entrega e atenção, encontro 4 atores muito atentos e dísponíveis, uma nova Yasmin, toda linda e séria, ali do lado de fora da cena, sem perder um detalhe, e claro, nosso querido Cruz, com seu bonézinho, disfarçe de malandro - aba reta e olhar atento. 
Minha impressão do Lodi também não podia ser melhor: alguém que sabe ler as potencialidades, mesmo com o véu de ansiedade que nós, atores amadores (e bota amor nisso) temos. 











E isso foi só o domingo. Segunda foi minha vez de brilhar.
Eu havia preparado uma oficina que misturava o turbilhão de informações das oficinas que eu havia feito desde que me mudei oficialmente para Barão Geraldo, e que sempre estive louca para compartilhar com o PB: "esse exercício é a cara do Bruno" ou "Meu Deus, queria ver o Pai fazendo isso" ou "Ana e Nádia iam adorar esse tipo de improvisação" eram coisas que sempre passavam na minha cabeça, fazendo as tais oficinas.
Acabei misturando um monte de coisas e fazendo uma divisão bem simples do trabalho: uma primeira parte mais com cara de treinamento e criação de repertório, e uma segunda parte onde a primeira deveria ser revisitada, batida no liquidificador e regurjitada em criação, ou seja, a segunda parte era de criação e improvisação. E tinha de tudo nesse mix, de Thecov à View Points, de articulação de vogais e consoantes à contato improvisação, em doses homeopáticas claro, dada a duração da oficina. E o que eu tive como resposta, chamei de "corpos potentes em estado latente": uma galera muito disposta, mas ainda com um pouquinho de resistência ao risco, o que foi se dissipando ao longo da oficina. 



E agora as fotos ruins (culpa da luz!) na Oficina Cultural, na nossa tarde de oficina.