23 agosto 2011

Dramaturgia macaquiana

Que trajetória é essa? Que herói é esse? Que teatro é esse? Quem sou eu? Quem inventou o fogo? Quem nasceu primeiro? Porque o ceu é azul? O homem já foi à lua?
E o macaco continua observando os ossos de seus antepassados. Ele pensa. Se enxerga. Sente angústia.
Um espelho da alma: a morte. Logo passa, afinal de contas, ele é apenas um macaco. Um ser subdesenvolvido, corcunda, tem quatro mãos, quatro pés, um rabo não cortado. Sua genética é extremamente ultrapassada. Onde já se viu ter a audácia de compará-la à genética dos Deuses! Zeus castiga, mas antes ele estupra. Tem filhos. Esses filhos, encontro do ceu e da terra, formam continentes, mares, rios, constelações. Nascem histórias belíssimas e trágicas. Surge o herói. Nasce a humanidade. Que herói é esse? Que teatro é esse? Que balança é essa? Que cavalo é esse?
Só sei que prefiro pecar na insistência do que agonizar feito o macaco. E olha que nem macaco eu sou! Até o rabo eu já cortei hj!


Reverberações Ensaística Acerca da Trasladação do Proponente Artístico

Diante a averiguação necessária encontrada nas inquietações que surgiram durante as confluências provocadas pelos artistas integrantes do coletivo aparatoso no qual há influências hodierno que reverberaram nas provocações que enquadram temas sócio-políticos-culturais que enternecem os sentimentos tornando-os acessíveis a todo e qualquer notório apresento o seguinte tema: A Apropriação interna da Polimatia. Nos portamos, portanto, diante uma realidade quebrável que dialoga com a transcendência Kantiana permeando os aparatos psicológicos propostos por Piaget, dialogando com a translucência que permite a reminiscência que, por sua vez, possibilita a intermitência que possivelmente pode-se criar um elo com a grande-mãe Junguiana. Diante este debuxo apresentado me coloco a observar as obras Bachianas com todo assombro qualitativo e degenerativo que suplica a persistência da linguagem enquanto plano dialético, assim, provoco a conexão necessária que um dia propôs o pensador escocês David Hume, junto a causalidade.





Ok... 

Você pode ter lido tudo isso até o final e não ter entendido nada. Fique tranquilo, quando eu escrevi também não entendi merda nenhuma.

Bruno Garbuio - Fazendo campanha para a APPE visando a luta contra o pseudo intelectualismo nos meios artísticos.

Faça isso, não aquilo!

Leia Sartre, cuspa Eugene O'Neiill, aprenda francês, descubra a astronomia mas não faça teatro. Coma gelatina mole, se alimente bem, voe de asa delta, mas não faça teatro. Aprenda a tocar violão, violino, violoncelo, piano, gaita, saxofone, flauta doce, flauta transversal, cítara, bateria, rabeca mas nunca faça teatro. Aprenda a cozinhar, faça peixe assado, doce de banana, caldo de mocotó, suco de limão, mas jamais, em toda sua vida, faça teatro. Aprenda política, leia desde Platão, Aristóteles, Maquiavel, Hobbes, Locke, até Montesquieu, Hume, Rousseau, Kant e Marx e complete com a economia lendo Adam Smith mas não se atreva a fazer teatro. Aprenda a tricotar, lavar, passar, cortar, costurar, arrebentar, agasalhar os pobres e oprimidos, rezar em latim e escrever 'eu te amo' em alemão, que seria algo mais ou menos assim: ich liebe dich, mas jamais faço teatro. Aprenda a ler tarô, ver mapa astral, fazer truques com isqueiros, acender cigarros de formas diferentes, pintar telas e camisetas, mas não faça teatro. Use crack, cheire muito pó, fume todas as maconhas que aparecer na sua vida, mas nunca faça teatro...




Porque esta merda, chamada teatro, prende a gente na madrugada, consome nossa energia e ainda faz a gente sofrer, viver em crise - que mesmo sendo sinônimo de criação, continua a nos matar- ... Não importa. Seguir o conselho do tio-avó que certa vez disse para procurar emprego ou persistir em se atirar nessa droga pesada, sem cura e remédio?

ob: o engraçado é que isso acontece em todos os cantos do mundo, em todos os cantos da América, em todos os cantos do Brasil, em todos os cantos de São Paulo, em todos os cantos de São Carlos, e esses pobres alquimistas que se atiram na arte dramática se iludem e vivem para continuar.

21 agosto 2011

Um tom que tenha ficado.

E sem querer não foi marcado
  Será que é falta de atenção?
 O atuante com o seu objeto amado,
      Seu corpo desdobrado,
  Falando na multidão.

                                                     Não há mais beleza do que nas madrugadas
                                                               Onde o encontro vira cavalgada
                                                                   De proposta e provocação.

   Mas, depois, quando o suor escorria
 No rosto, com a face do dia
   Ilustrando o que há na criação
 Os que se encontravam junto a lua
  Esquecendo a vida e firula
 Se entregando nesta imensidão
Despertam a beleza na sua derivação.

                                                           Neste ódio chamado 'tíatro'
                                                            Com pouco o grande estrato
                                                         De que a vida pára na ocasião.
                                                             Não há sentido nem teoria
                                                            O que resta é a poesia...
                                                        O que resta é POESIA.

Até parece que vale a pena viver...