A Arte do Encontro

Na última sexta-feira, dia 05/08, na Oficina Cultural, ocorreu um encontro de artistas de teatro. Representantes dos grupos Teatro Descalço, Acaso, Preto no Branco, Construindo Teatro e também das instiruições Janela Aberta, Ong Ramudá e Rádio Ufscar, assim como do Festival Contato e a própria Oficina Cultural, compuseram a lista de presença eclética e muito animada.
A iniciativa partiu dos discursos que vivo ouvindo de artistas da cidade: Ah, os grupos não se reunem! É sempre assim! Uma reclamação que me faz lembrar as cabras do livro "A Revolução dos Bichos", de Orwell. Elas vivem ruminando textos, disseminando aquelas palavras a todos os moradores da fazenda. Dei um xô nas cabras e resolvi partir para a ação. E como já esperava, recebi uma grande adesão. Gente pulsando teatro, vibrando, atentos, falando, saindo do conforto de suas respectivas sedes e montagens.
Porém, faltaram muitos! Muita gente bacana, que eu sei que batalha pelo teatro e acredita que a união dos grupos pode fazer a diferença pro nosso próprio bem. Continuarei convidando, assim como todos vão convidar todos!
Já temos outra data, outro encontro. Dia 19/08, sexta-feira, as 19:30h, na Oficina. Este mais prático. Vamos arriscar um oficinão, pra gente se divertir juntos, em um mesmo espaço de cena. Vamos dialogar com outros artistas, aprender, doar, sorrir!
E o Festival Esculacho? O que é isso?
É uma ação concreta de grupos da cidade, que está se estabelecendo, ganhando corpo, objetivos claros para culminar em uma Mostra de Cenas produzidas por artistas de teatro que se misturarão entre os grupos e levarão a alegria desse encontro para a plateia.
O grupo de emails foi criado. Vamos inserir mais pessoas! E começar a discutir. Deixemos o cabeção pro grupo de email. Deixemos a prática para os encontros.
Grupo de estudos: esse é um objetivo claro de todos! Vamos estudar teatro juntos! Vamos nos organizar para isso! Unidos, vamos longe... seguir os passos do grupo da dança que se formou na cidade!

Bora, artistas de teatro, bora conosco instituições culturais! Sigam seus estatutos! Respeitem seus ideais e se possível, mandem um ok de recebimento dos emails, a gente merece.

Um pouco do que foi.

Sensação de que temos muito o que fazer e aprender..
Aprender a não levar o condicionamento do significado das palavras pra fala, não levar para o campo do explicável, do significado intrínseco da palavra lida, o texto apresentado de forma a representar algo decorado
 Seguir impulsos.ser levado por eles para a criação de uma partitura, utilização das mesmas na produção de uma de cena.
Aprender que o corpo tem a voz como sua maior extensão e que tem muito o que ser vista e revista.
A respiração gera assunto para uma vida inteira.
Ator é fazedor e observador.
Criação do texto cênico antes do teatral.
Ator rouba movimentos, esses que se tornam ação.
E que isso tudo advém de um processo intenso de pesquisa.

Um tico daquilo que extraí da Oficina com Viviane Dias,"O Ator navegador, experimentando técnicas do Teatro Contemporâneo",  no Encontro Regional de teatro do Ademar Guerra nesses últimos dias 06 e 07 de Agosto.

 Incrível como o que foi exposto nessa oficina de certa forma se entrelaça com o estamos trabalhando no grupo durante esse ano.

Depois da tempestade...

Vem a calmaria!

Foi assim São Carlos neste final de semana. Por aqui, na terra do Clima, houve uma tempestade teatral e desta vez não foi nenhum espetáculo de Shakespeare  e sim um encontro que deu muito o que falar. A nossa querida oficina cultural, recente abrigo do PB, onde fazemos nossos ensaios nas madrugadas adentro, esteve preenchida de poesia e propostas. Durante esses últimos dois dias constatávamos em todos os cantos grupos de teatro e artistas degustando da proposta de cada Artista Orientador que aqui estiveram presentes ministrando oficinas. Víamos Viviane Dias que a partir do teatro contemporâneo e suas técnicas propôs muita coisa legal no palco, enquanto isso, Daniela Biancardi, na quente sala de dança, colocava em destaque o Corpo Cômico com exercícios de improviso, estudo de movimentos e aprofundamento dos níveis de tensão e energia cênica. Na sala de fotografia e artes plásticas estava presente a atriz, que é parecida com Marcília Rosário, não somente pelo cabelo vermelho, Lucélia Machiaveli, que propôs um trabalho que visava a desinibição e a imaginação conduzindo os Descavaldos e SãoCarlenses presentes ao densenvolvimento da autoestima e personalidade, na sala ao lado encontrava-se Nádia de Lion  com a proposta de oficina de Intervenção Cênicas na cidade, com direito a participantes com instrumentos musicais e tudo mais. Finalizando o time dos Orientadores-Oficineiros-Artistas estava o artista circense Ricardo Gadelha, no segundo andar, com a proposta de Caravana de Palhaços que de fato saiu pra rua e deixou um pouco de colorido na cidade das araucárias. 

Foi mais ou menos desta forma que aconteceu... Muita correria, com o dia totalmente preenchido com atividades cênicas. 

Fiquemos ligados, pois atividades como essas criam um epicentro que repercuti em toda a cidade. Esperamos que isso aconteça mais vezes. Estaremos por lá sempre que houver.

Em breve colocaremos fotos do evento.

E hoje a vida continua, mais tarde Fabiano Lodi, estará conosco nesta segunda feira com probabilidade de chuva, fazendo parte do nosso ensaio da madrugada que começa hoje e acaba só amanhã. Faz sentido, não?!  Orientação e etc. . 

Jacarandá!

A vida continua e num pudêmo pará!