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Apresentação do Preto no Branco na escola Jesuino. Uma parceria da Oficina Cultural e PB. Parte da programação de comemoração de aniversário da OC. |
Corre, corre!
Fernando Cruz chegou de São Paulo na correria. Foi para a Capital para ter uma reunião com
Fabiano Lodi, convidado para dirigir a próxima montagem. Enquanto isso o elenco do
Ao Revés encontrava-se em um curso de Atuação Realista com o ator
Ney Piacentini da
Cia do Latão. Um chega de viagem, outros saem do curso as pressas.
Nádia ainda teve outro compromisso neste espaço de tempo... No fim das contas, após todo este turbilhão de afazeres, chegamos ao nosso local de apresentação: A
Escola Jesuino de Arruda, onde
Bruno e
Ana estudaram a vida toda e onde também fizeram suas primeiras peças de teatro. Chegamos e fomos logo montando nossas coisas, fazendo nossos rituais, arrumando nosso imenso cenário: um tapete de serragens. Coloca cadeira ali, coloca cadeira lá. Quantas pessoas virão? Ninguém sabia dizer ao certo. Surgiu um papo de que somente alunos do terceiro ano seriam dispensados, já que os demais anos não são bons alunos para ver teatro. Bons alunos? Como assim? Existem boas pessoas para ver teatro? Como assim?
Arrumamos tudo. Corremos contra o tempo. Aí vem um vereador querendo fazer campanha! Ai vem vários professores com seus alunos. Nisso tudo o elenco já estava no gramado, maquiados, se preparando, aquecendo o corpo, se conectando, fazendo os ritos de sempre para entrarem em cena. Tudo feito. Tudo grande... Então chegou a hora de irem pra ação. Para nossa surpresa centenas de alunos ocupavam o anfiteatro da escola. Centenas. A escola inteira estava lá... O elenco foi entrando e logo foi recebendo todo o calor daqueles vários jovens que haviam saído das suas chatas salas de aulas (ufa) para nos verem. Risadas, uma provocação dali, outra de cá, um outro que tirava uma onda dos personagens e tudo foi acontecendo ali. O jogo foi começando. O Elenco apresentou o Ao Revés com toda a energia possível. Mesmo cansados pela correria da vida, sugaram de toda terra, de tudo o que tem, para se entregarem àqueles numerosos jovens que estavam ali, naquele espaço quente da escola Jesuino. A apresentação foi formidável. Com participação ativa de todos. Ao término da apresentação foi emocionante ver todos eles aplaudindo o que tinham acabado de presenciar. Nós, do Preto no Branco, vibrávamos por estarmos ali, vibrávamos por todo este calor acolhedor, vibrávamos por ter visto o Teatro chegar neste local e mexer com muitas estruturas. Ao arrumar as coisas para irmos embora não paravam de surgir alunos para tirar um ''sarro'', caçoar outro, brincar com a gente. A humanidade se fez presente, do início ao fim e no ponto final de toda essa história só podemos chegar a uma conclusão: NÓS SOMOS UM!
Jacarandá!
Viva a vida!
Num pudêmo pará!