07 maio 2011

Quer Emprego?

Quando? Onde? Como?



PROCESSO DE SELEÇÃO
    TEATRO DA USP DE SÃO CARLOS

       O TUSP- SP abre processo de seleção para as seguintes vagas:

01 ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Período de inscrições: até 11 de maio resultado: dia  16 de maio (no blog do Tusp e por e-mail)

(VAGA DISPONÍVEL P/ QUALQUER PESSOA DA CIDADE DE SÃO CARLOS A PARTIR DE 18 ANOS QUE ATENDA O PERFIL SOLICITADO)
Carga horária: 20 horas semanais
Valor para contratação: O valor mensal bruto R$660,00 e valor líquido R$554,40.
Período de contratação: 10 meses (a vigorar a partir da assinatura do contrato e aprovação da assessoria jurídica da USP)
O cronograma de ações será definido em conjunto com a orientadora de arte dramática local.
O assistente terá que ter a seguinte disponibilidade prévia:quartas a noite (participação no projeto quartas alternativas),terças no horário do almoço (quinzenais),toda última sexta-feira do mês, algumas quintas, especialmente nos períodos da manhã e noite (muitas atividades de teatro doTUSP acontecem nesse dia). Os outros horários à combinar.
Perfil solicitado:
- morador da cidade de São Carlos a partir de 18 anos;
- facilidade de comunicação e trato com o público atendido;
- habilidades no uso do programa word;
- gosto e curiosidade por escrever, fotografar, filmar, etc..
-  acesso e gosto pelo  uso de redes sociais.
- apreciação por atividades culturais e debates no campo da arte, especialmente do teatro;
- gosto por atividades do campo da produção cultural: receber grupos de teatro, resolver questões administrativas diretamente ligadas as ações culturais, elaborar e emitir documentos, atender público participante, assessorar projetos, elaborar relatórios e demais atividades relativas ao campo de ação.
02 BOLSISTAS PARA O PROJETO APRENDER COM CULTURA E EXTENSÃO DA PRCEU
(somente p/ estudantes da USP de São Carlos)
Tusp selecionará dois bolsistas para o projeto:
Núcleo de Experiência e apreciação teatral Do Tusp
Responsável: prof. Dr. Ferdinando Martins - vice-diretor do Tusp e professor da ECA
Corresponsável: Cláudia Alves
Para maiores informações sobre o projeto e as inscrições favor acessar o site:
Perfil solicitado:
- ser estudante da USP de São Carlos;
- Gosto pelo teatro;
- Gosto pelo trabalho em grupo;
- Gosto pelo debate;
- Gosto pelo programa de ações desenvolvidas pelo TUSP : Leituras públicas, Núcleo Tusp, Teatro no Cinema, Traquitana, A (p) arte, Circuito Tusp, etc..
Para maiores informações acesse o nosso blog:
Claudia Alves Fabiano
Orientadora de Arte Dramática do Teatro da USP  (TUSP)
Universidade de São Paulo  - USP/Campus de São Carlos
(16) 9190-6733/(16) 3373-8015 - Centro Cultural da USP (CCSC)
Mestre em Artes pela ECA-USP
Para mais informações sobre o TUSP na capital e no interior acesse:
http://tuspdesaocarlos.blogspot.com/
http://www.usp.br/tusp/index.php
http://tusp-ribeiraopreto.blogspot.com/

02 maio 2011

Oswald e o Rei da Vela

Ou melhor... O Rei da Vela e Oswald de Andrade, seu pai.

Escrito em 1933 e publicado somente quatro anos depois, O Rei da Vela de Oswald de Andrade será lido relido e debatido nas leituras públicas organizadas pelo TUSP na cidade de São Carlos.
A Cidade do Clima é vizinha da cidade que tem nome de Ave que se alimenta de Mel, Araraquara, onde nasceu José Celso Martinez Corrêa diretor e ator que trinta anos depois de lançada montou no Teatro Oficina a peça do paulista que escreveu diversas peças, manifestos, romances e poesias.

Veja uma breve sinopse da obra e o fragmento comentado que será lido na terça feira com probabilidade de chuva na cidade das Araucárias.



Sinopse:
Escrita em 1933 e publicada em 1937, o Rei da Vela constitui-se no texto teatral mais importante de Oswald de Andrade. A peça demorou trinta anos para ser apresentada em São Paulo, pelo Grupo Oficina, sob a direção de José Carlos Martinez Correia; a encenação marcou época na história do teatro brasileiro.

O fragmento selecionado pertence ao primeiro ato, dos três que compõem a peça. Ele contém traços que nos permitem situar e caracterizar a obra como um todo. As personagens têm os nomes de dois famosos amantes da Idade Média: Abelardo e Heloísa. Ele, um teólogo francês de século XII, ela, sobrinha de um sacerdote. Pouco tem a ver, portanto, com as personagens oswaldianas. Nesse sentido, o autor usa os nomes de modo paródico, uma vez que Abelardo I se une a Heloísa por puro interesse: é um agiota, que vive da exploração dos outros, cujo devedores se apresentam, na peça, dentro de uma jaula. Heloísa de Lesbos pertence à aristocracia rural brasileira, falida e em decadência. Deste modo, o sentido romântico do texto original fica totalmente subvertido pela moderna interpretação de Oswaldo de Andrade.

Abelardo I é um representante da burguesia ascendente da época. Seu oportunismo, aliado a crise da Bolsa de Valores de Nova York, de 1929, permite-lhe todo tipo de especulação: com o café, com a indústria, etc. Sua caracterização como o “Rei da Vela” é extremamente irônica e significativa: ele fabrica e vende velas, pois “as empresas elétricas fecham com a crise. Ninguém mais pode pagar o preço da luz”. Também é costume popular colocar uma vela na mão de cada defunto, assim Abelardo I “herda um tostão de cada morto nacional”. Abelardo torna-se então o símbolo da exportação, a custa da pobreza e das supertições populares.como personagem, ele também denuncia a invasão do capital estrangeiro; daí a irônica consideração sobre “a chave milagrosa da fortuna, uma chave yale”.

Heloísa representa a ruína da classe fazendeira. Seu pai, coronel latifundiário, vai a falência, num retrato em que predomina a perversão e o vício, símbolo de uma classe em decadência. A aliança de Abelardo e Heloísa pode, assim, representar a fusão de duas classes sociais corruptas pelo sistema capitalista.

Uma terceira personagem vem a completar o quadro social de Brasil da época: Mr. Jones, que simboliza o capital americano: sua presença revela um país endividado: “os ingleses e americanos temem por nós. Estamos ligados ao destino deles. Devemos tudo o que temos e o que não temos. Hipotecamos palmeiras... quedas de águas. Cardeais!”

O Rei da Vela, obra representativa da década de 30, marca uma época de preocupações e compromissos sociais.



Não perca amanhã, dia 03/5,às 12h30 horas (até 14h), no Centro Cultural da Usp
(entrada pela Carlos Botelho, ao lado do Observatório)

Oswald de Andrade(1890-1954)



O Rei da Vela encenado pelo Oficina.

Veja também a versão cinematográfica:




José Celso Martinez Corrêa diz sobre O Rei da Vela





Não perca a Leitura Pública, desta vez Oswald de Andrade será degustado e aclamado