03 outubro 2012

Hoje é dia de Imara

A atriz Imara Reis virá hoje para São Carlos visitar o Preto no Branco. Imara é orientadora específica de Interpretação do Projeto Ademar Guerra. Hoje acompanhará nosso ensaio e junto trará uma prosa sobre muitas questões pertinentes do fazer teatral.

Nos acompanhe... Estaremos postando o que aconteceu na casa do PB.


Críticas e Revisitações...

Na última segunda(01) o dramaturgo Cássio Pires esteve em São Carlos na casa Preto no Branco. Cássio que é orientador específico de dramaturgia pelo Projeto Ademar Guerra, passou horas de um fim de tarde seguido de uma noite com pouco vento falando sobre nosso trabalho e andanças...
Conversas daqui, conversas de lá, finalmente Cássio viu nosso ensaio e na sequência lançou várias questões que perduraram durante a noite adentro.
Como dissemos, sentimos que Cássio trabalhou como um cirurgião constatando certos ''problemas'' em nossos órgãos. Não leu nem tocou no nosso texto em nenhum momento, mas não deixou de falar de dramaturgia. Comentou de várias coisas acerca dos personagens e principalmente sobre os Narradores. 
Um dia muito produtivo, com várias questões lançadas. Questões que são pertinentes não somente para este nosso novo trabalho, mas também para os demais que virão na trajetória épica do grupo.


Jacarandá
A vida Continua e num pudêmo pará!



01 outubro 2012

Hoje

A batalha continua...
Após mais uma apresentação no Teatro Municipal, hoje o Preto no Branco continua com suas atividades. Mais tarde receberemos Cássio Pires, orientador específico de Dramaturgia do Projeto Ademar Guerra. Cássio chegará com tudo para conversar conosco sobre muitas coisas... Nos acompanhe que postaremos tudo que acontecerá na casa do Preto no Branco.


Jacaranda.

Por Ewerton Mera




Ao Revés do Papel


O palco com o pano aberto e uma iluminação simples. Com o teatro lotado e um silêncio ansioso que esperava pelo início do espetáculo, o Grupo Preto no Branco apresentou sua mais nova peça para um público que em pouco tempo sentiu-se confortável e aderiu aos encantos dos três únicos atores em cena. De texto que permeava tanto o diálogo quanto a representação por gestos e interpretações inspiradas, Ao Revés do Papel, com seus curtos 45 minutos, prende a atenção dos espectadores e cumpre com vários papéis que a dramatização pode suscitar: o despertar através de críticas sutis, o riso a partir de piadas com um bom timing e alguns outros.
Protagonizado por três jovens atores, Ao Revés do Papel conta a história de três mendigos que vagam sem destino pela vida e param, diante do público curioso, para contar historietas. Seria entediante se o contar-histórias fosse executado de maneira verborrágica, simplória, apenas na fala. Mas não, os três retirantes interpretados por Bruno Garbuio, Carol Garbuio e Nádia Stevanato dão vida aos contos: enquanto um fica sentado, encarando a plateia e narrando o episódio, os outros dois o interpretam, de maneira tão entregue e apaixonada que em pouco tempo os espectadores esquecem que tudo não passa de ficção.
Um ponto interessante da apresentação é o uso que esta faz de outros recursos que não demandam esforços tecnológicos. A trilha sonora, por exemplo, é realizada pelos próprios atores, seja com suas vozes ou com pequenos instrumentos, como uma flauta ou um pandeiro. No início e no fim, quando a iluminação teatral é baixa e misteriosa, uma das atrizes mantém um velho lampião aceso, ambientando a peça e fazendo correlatos com os outros apetrechos cenográficos (o figurino também remete a vestes antigas e muito usadas).
O texto, escrito pelo Preto no Branco e que também teve a colaboração de André Rocha, utiliza muitas variantes linguísticas que permeiam desde um nobre diálogo (onde o “tu” e a concordância verbal estão presentes) até um mísero e cansado “filho-da-puta!”, arrancando risos de quem assiste desde o primeiro momento de apresentação. As piadas, bem dispostas e bem treinadas pelos atores, estão salpicadas ao longo do roteiro, aproveitando deixas para fazer ácidas críticas sociais ou simplesmente mexendo com velhas erudições já desgastadas (a piada com o já batido carpe diem é impagável). Já a direção do também ator Fernando Cruz desponta durante todo o espetáculo: seus atores estão seguros, tranquilos, com o texto na ponta da língua e com a representação nas veias.
Ao fim, fica um acre sabor de querer mais. O Grupo despede-se com uma cena singela e silenciosa, deixando o público sozinho com o cenário simples, a iluminação simples mas com um embasado, crítico e gostosamente engraçado texto na cabeça. Ao Revés do Papel cumpre com o seu título: conta histórias que podem ser moldadas, que não estão presas e concretas em um papel. Papel, aliás, que é comido (literalmente!) por todos os personagens, tentando saciar suas enormes gulas por histórias. Assim como seu público.
Ao Revés do Papel. Adulto, 45  minutos. Texto: Grupo Preto no Branco e André Rocha. Direção: Fernando Cruz.




na integra:  AQUI

Fotos do ensaio por Danilo Scrivani.

No último sábado também tivemos a presença de Danilo Scrivani, artista de São Carlos, fotógrafo e ator do grupo Casa da Sogra. Danilo chegou com tudo para mostrar suas habilidades na escrita da luz e captou diversas imagens do ''Ao Revés do Papel''. Confira:





















Créditos fotografia: Danilo Scrivani.

Uma orientação diferente

Fotografia: Danilo Scrivani





No último sábado o Preto no Branco recebeu a visita de Adbailson Cuba, orientador específico de Figurinos e Cenografia do Projeto Ademar Guerra. Paulinha, nossa orientadora, também estava por aqui então juntamos tudo: PB + Paulinha+ Adba e comparecemos no Teatro Municipal para ensaiar, discutir, conversar sobre a peça que estamos apresentando e escutar o que Adbailson tinha para nos dizer e mostrar. Podemos dizer, sem medo de errar, que o dia foi muito produtivo, sem sombras de dúvidas.

Só para dar uma palinha... Abaixo um lindo vídeo da linda Adélia Prado falando sobre poesia que Adbailson nos passou e que foi um ponto inicial de algumas discussões importantes. Confira:







Paulinha, Adbailson, Big, Cruz, Ana Gê, Nadinha
Fotografia: Danilo Scrivani