É difícil acreditar. Difícil aceitar isso e escrever sobre.
Mas, o que eu vou esperar de um herói? Que ele salve o mundo da cretinice e ainda seja esbelto e tenha um cabelo devidamente sofrido com processos químicos aparentando extrema naturalidade e sedosidade? (Porque talvez se iluda quem pense que, se surgir um herói que repercuta decentemente, este seja desprovido de beleza.) Os primeiros heróis eram bonitos. O ser humano sempre achou que herói é aquele que é melhor que ele em tudo. Obviamente porque uma alma de herói não habitaria essas reles peles onde habitam as nossas almas mortais.
Gente é movida a dúvida. E de tão extremas dúvidas, duvida de si mesmo. O ser duvidoso duvidante. E eu, que sou mais uma, ando duvidando do heroísmo hoje em dia. O próprio cara que é um bom projeto de herói deve estar num dilema muito grande de "Por onde começar?", "Ser um grande líder político ou ficar nas periferias da sociedade?" "Atacar ou ser da paz?", "Aparecer na Caros Amigos ou na Folha de São Paulo?".
Enfim. Herói, você está aí comendo pipoca agora e assistindo filmes de heróis, morrendo de dúvidas sobre você mesmo e não conseguindo fazer uma ligação entre os heróis que passaram e o herói do futuro. Eu te digo. Você está certo. Eu também não acredito muito em você.
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