30 junho 2011

Sequências...

Ontem, uma quarta feira não tão fria como esperávamos, foi um dia muito cansativo para o Preto no Branco. Nosso encontro se deu nos intervalos de um trabalho que realizamos em uma empresa de São Carlos. Infelizmente não conseguimos focar de fato em um trabalho de corpo e improviso como estamos realizando de um tempo para cá. Porém, na noite anterior a quarta o trabalho foi muito bom.Na terça, como toda semana, nos encontramos na fria Oficina Cultural de São Carlos. O dia foi muito produtivo, diga-se de passagem, levamos mais imagens que poderão contribuir para o nosso processo. Desta vez esteve presente o poeta da pintura brasileira, Almeida Júnior , com grandes obras como: ''Viloeiro'' , ''Caipiras Negaciando'' e ''Partida da Monção'' . O interessante é que esses quadros que foram pintados em meados dos séculos XIX  e XX dialogam, inclusive, com a cidade onde se passa a peça na qual estamos focando o trabalho. No quadro Partida da Monção o artista retrata Porto Feliz nas margens do Rio Tietê mostrando a partida dos bandeirantes. Nesta imagem ainda está presente o Padre Miguel Correia Pacheco do qual Almeida Júnior recebeu  grandes estímulos e foi coroinha, há figuras importantes como Conde do Pinhal, da nossa querida cidade do Clima,  o paulista Prudente de Moraes, o primeiro presidente civil da Primeira República e Campo Sales, o governador do fim do século XIX e início do século XX que substitui Prudente de Moraes.

''PARTIDA DA MONÇÃO''

''CAIPIRA NEGACIANDO''

''VIOLEIRO''


As imagens não pararam por aí. Também tivemos contatos com quadros do Barroco, Caravaggio, o italiano briguento que produziu grande obras primas. Telas tais como ''A queda de São Paulo'' e ''Narciso na fonte'' foram as que observamos e discutimos.

''A QUEDA DE SÃO PAULO''

''NARCISO NA FONTE''

Ainda tivemos uma breve discussão acerca da história do Guarda Chuva, pois identificamos algumas coisas interessantes com certos objetos. Me recordei de algumas anotações que fiz certa vez do livro HISTÓRIA DO TEATRO MUNDIAL de Margot Bertold, e levei as anotações sobre o teatro Turco, mais precisamente, ao teatro de 'jogo do meio', ORTA OYANU . Agora você, caro leitor, deve estar se perguntando qual é a relação de uma coisa com outra, certo? Respondo: Na peça Será o Benedito há uma grande predominância de hierarquias e um confronto direto entre pobres e ricos, poder e povo, negros e brancos, intelectuais e ignorantes, mulheres e homens, coronéis e trabalhadores, diante disto mais a provocação do uso de objetos caímos no Guarda Chuva, que segundo sua história, já foi utensílio sagrado e que na liturgia cristã, por exemplo, dois guarda chuvas precediam o Papa, um um dos quais,aberto, simbolizando o poder temporal, e o outro, fechado, indicando o espiritual. No Orta Oyanu, por sua vez, este objeto era utilizado para a composição do cenário para que pudesse chamar atenção, pois as peças eram encenadas nas ruas e faziam diante de gente simples e não necessitavam de cenários e figurinos muito bem elaborados, usavam do simples para contar suas histórias. Levamos essas duas curiosidades históricas com finalidade primeira de ver que tal objeto pode ter um grande significado, mas talvez esteja cedo para definirmos se vamos usá-lo. Para finalizar o nosso momento de focos em imagens, pinturas, gravuras e etc. foleamos o livro intitulado O BRASIL NA VISÃO DO ARTISTA onde há muitas obras populares com fotografias, imagens, pinturas, esculturas interessantíssimas.
Quanto ao trabalho de corpo, irei falar em outra postagem...




Bruno Garbuio - o LR² segundo o Fabiano

2 comentários:

Fabiano Lodi disse...

Uma passada rápida em meio caos da metrópole pra dizer que É LINDO!!!

Não vejo a hora de estar com vocês novamente! Até semana que vem!

Lodi

Fernando Cruz disse...

Trabalho empolgante! Viva PB!