O Grupo Preto no Branco retornou suas atividades na última quinta-feira após uma semana de recesso. Na nossa volta tivemos o encontro para os encaminhamentos e o início de trabalho de Workshops propostos por cada integrante nos nossos encontros. Este trabalho se estenderá até o final do mês. Leia abaixo como foi cada dia:
Quarta das Negociações
Na quarta-feira nos reunimos para discutirmos e apontarmos as coisas necessárias em torno dos projetos do grupo, projetos extra grupo e demais atividades que poderão custear os próximos gastos da nossa criação. O papo que tomou toda a tarde foi também um marco de volta com uma grande explanação dos possíveis trabalhos e ideias.
Quinta: Primeiro Workshop do mês
Na quinta-feira o elenco se reuniu e iniciou o trabalho de Workshop que será conduzido cada dia por um integrante. Quem abriu a série de trabalhos foi a Marcela Pane que trouxe uma leveza do início do encontro até o final. O trabalho de aquecimento e treinamento corporal e vocal foi conduzido até a montagem de um "templo" da nossa criação feito com uma arara com muitas roupas e objetos pendurados. Esse "templo" passou a ser chamado de KAPARAÓ. O trabalho de cena e improviso se deu logo na sequência quando terminamos de montar nosso templo. Enquanto alguns passaram a executar cenas improvisadas atrás dele, de frente outros assistiam. Só era possível ver os pés e vez ou outra as cabeças por cima. E o foco do trabalho foi justamente essas cenas com os pés mostrando alguma coisa. Deste trabalho de improviso, novas cenas foram surgindo, com relações e proposições de todos que iam revisando e testando as possibilidades dos objetos e roupas que estavam ali pendurados. O trabalho foi finalizado com nosso famoso CCC ( Crises, Críticas e Criações) onde chegamos a várias ideias e apontamentos para nossa criação.
Sexta: Segundo Workshop do mês
Na sexta-feita o Workshop foi conduzido por Ana Garbuio que deu início ao trabalho com um treinamento corporal e vocal que explorava diversas partes do corpo com todas suas possibilidades. A exploração ganhou a dimensão de uma grande dança que ocupou todo o nosso espaço de ensaio. Após a dança, os corpos foram se tornando animais com formas e ações vocais que iam aos poucos se aproximando possibilitando o surgimento de diversos tipos de relações. No final deste trabalho fomos conduzidos para remontar nosso templo Kaparaó. Mais uma vez colocamos objetos e roupas que foram utilizadas na sequência em uma série de improvisos individuais. A ideia era que usássemos tudo o que quiséssemos para propor improvisos com personagens da peça a Sapateira Prodigiosa, ou mesmo possíveis personagens que não aparecem na cena mas que podem ter algum tipo de ligação com os da peça. Deste exercícios diversas figuras apareceram: Uma mulher que veio da cidades das Luzes, Uma Americana que veio estudar o povo brasileiro, A Vizinha grávida do Rutra Junior, O Superego da Sapateira transviado de Sapateiro, O Bicho que a Sapateira alimenta, a Lembrança, A mulher que não dizia o nome mas que falava que ia casar com o Sapateiro, A Henriqueta Gomes, O Sapateiro na sua juventude, dentre outras loucuras cênicas. Todos esses improvisos que permitiram o surgimento de várias figuras nos fez crer que uma das possibilidades é materializá-los em forma de escrita, ou desenhos, para guardarmos e utilizarmos em outras ocasiões da criação... Então, em casa cada um escreverá seus improvisos para termos como mais um material possível.
Na próxima semana os Workshops continuarão. Nos acompanhem...
KAPARAÓ!
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