08 dezembro 2014

O difícil pontapé dos desesperados - por Bruno Garbuio

Apita o árbitro, mais um jogo se inicia para o time alvinegro são-carlense.
O time em campo parece estar equilibrado, mas o que ninguém sabe é que a diretoria busca no meio de todos os desesperos achar uma maneira de não fazer o time se endividar. Pobre ilusão. O alvinegro deve todas as suas calcinhas. Mas o problema já não pode mais ser esse, o dinheiro  é importante, mas o que está mantendo o olho no olho, sincero e quase maternal. é mais um amor que beira a vontade de estar juntos fazendo alguma coisa do que propriamente um crescimento financeiro, afinal a Allianz está ao nosso lado mas não sabe da nossa existência. Nosso alvinegro chora no vestiário, entre uma laranja doce e um café amargo. É insulto porque um peito parece doer mais do que o outro. 

Faço, tu faz? 


Os pesos e medidas sempre são diferentes e até então parece ter sentido serem. Democracia não existe? Existe sim e engole a saliva pra dizer. O bolo feito na coxia tem o mesmo valor do papel assinado no cartório. É árbitro, que por falta de juízo, pessoaliza o medo de não amarrar seu cadarço. É técnico que como  todos o Quero-quero que correm atrás dos jogadores nos campos do interior de São Paulo, bicam a perna alheia no medo da agressão. Jogadoras e jogador, que no meio de tantos escanteios descobrem por si mesmos que a batida no peito do pé funciona melhor que o dedão cravado na bola, mas até chegar a isso quebraram tanta falange, mas tanta falange, que a dor passou a ser ignorância.
Já disse uma meia de campo tão atenta como as demais" Não estou aqui por obrigação, aqui é escolha!" E não me venha com mandatos e sentenças baratas. Dedo na cara do outro tem limites. Manda chuva quando silencia ou é porque não sabe o que fala ou sabe muito bem, e isso não precisava ser escrito de tão óbvio que é.
No fundo estamos vivendo a fase de maior problema da crise ( financeira, pessoal, artística) na qual podemos denominar de O OUTRO. Esse período para o time não cria adversidades, só se criam constatações de humanidades, de medos e desesperos. O difícil pontapé dos desesperados não abre brecha... Ou é tudo ou é nada. 

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